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(Re)descobrindo São Paulo

Nos últimos anos, a população de São Paulo redescobriu a cidade. Quem vê hoje em dia os bloquinhos de Carnaval pelas ruas, vias abertas ao povo nos fins de semana, feirinhas pelas praças e ciclofaixas, pode até estranhar o cenário urbano do passado. A Região Central certamente foi a que mais vivenciou esse boom, em que as novas gerações ocupam os espaços públicos de maneira efervescente.

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Avenida Paulista (Foto: Divulgação).

Entre os destaques estão alguns pontos da cidade que já abordamos aqui no blog da KC, como o Sesc 24 de Maio, o Farol Santander, além da Casa do Baixo Augusta e o Mirante 9 de Julho. As Galerias do Rock e Metrópole também se renovaram, a última delas atualmente conta com bares descolados, como o Mandíbula, ateliês e escritórios de arquitetura. Em breve também será inaugurado - por meio de uma iniciativa do Sebrae - um centro de empreendedorismo, economia criativa e tecnologia no Palácio Campos Elíseos, que já foi sede do governo do Estado.


Mas infelizmente não foi sempre assim. A região do Centro de São Paulo, a partir dos anos 1970, experimentou um momento de decadência graças ao descaso do poder público. Como se não bastasse, o eixo econômico e financeiro se mudou para a área da Avenida Paulista e em seguida para a Berrini. A Rua Augusta também é um exemplo dessa transição. Até os anos 1960 era um importante polo de diversão e glamour para a sociedade, porém na década de 1970, a região ficou conhecida pelos prostíbulos e vivenciou um momento de degradação. Somente nos anos 2000, os jovens começaram a ocupar novamente a rua, que atualmente é repleta de bares, casas noturnas e lojas colaborativas.


Por falar nas gerações mais novas - como a Y (com indivíduos que nasceram entre 1981 e 1995) e a Z (a partir de 1995), os jovens são os principais agitadores desse redescobrimento de São Paulo. Antenadas no mundo ao seu redor, essas pessoas possuem uma visão mais sustentável e humana da vida em sociedade. Ao ocuparem o espaço público sem medo, esses jovens rompem as bolhas em que normalmente vivem dentro do contexto urbano.

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Carnaval de Rua (Foto: Divulgação).

A Região Central paulista, assim como outras grandes metrópoles, também enfrenta problemas sociais, tais como roubos e furtos, além de pessoas que infelizmente vivem em condição de rua. Por conta desses indicadores, grande parte da população ainda insiste na velha ideia de que o Centro é uma região perigosa e sem vida. Pelo contrário, essa área vai muito além disso! Somente quando toda a sociedade enxergar essa região a partir de outra perspectiva - e não mais como um incômodo - é que o Centrão vai alcançar todo seu potencial como novo polo cultural de São Paulo.


Se você quer fazer parte de toda essa renovação de diversos bairros da cidade, ficam aqui algumas dicas da KC ARQUITETURA. Locais como Santa Cecília e Vila Buarque são os principais points de gastronomia criativa, enquanto o Largo do Arouche se firma como uma região que atrai um público jovem e descolado. Vale destacar o casarão cultural No Arouche, que ocupa um prédio com mais de um século de existência.

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Minhocão (Foto: Divulgação).

A Praça Roosevelt é outro ícone nessa fase de redescobrimento de São Paulo, atraindo diferentes pessoas para um local público onde todos se encontram, seja pra se divertir ou andar de skate, por exemplo. O Minhocão e a Avenida Paulista - ambos abertos ao público aos domingos - também são lugares ótimos pra praticar alguma atividade física fora dos parques e encontrar os amigos. Inclusive no Elevado Costa e Silva, acontecem apresentações de teatro nas janelas dos prédios! Quem diria que em um lugar normalmente tomado pelos automóveis seria possível ver isso?

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SP na Rua (Foto: Divulgação).

Agora se você quer curtir a vida noturna, não deixe de aproveitar o SP na Rua. Apesar de ser um evento que acontece apenas uma vez por ano, a experiência é única. Ao longo de 12 horas, dezenas de coletivos se espalham pelas ruas do Centro e criam uma atmosfera incomparável, na qual diferentes DJs e festas colaboram.


Outra dica nossa é aproveitar as feirinhas espalhadas pelas praças da cidade. A Feira do Jardim Secreto, que acontece regularmente no Bixiga, é uma das principais do circuito. Reunindo mais de 200 expositores, o evento promove o consumo consciente e incentiva a produção local e independente. Lá é possível encontrar de tudo: desde de alimentos orgânicos, passando por roupas e acessórios de designers novos até por obras originais de artistas.

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Feira do Jardim Secreto (Foto: Divulgação).

A nossa dica principal é sair de casa e explorar as ruas de São Paulo, redescobrindo a diversidade e beleza da nossa cidade. A ideia de que paulista passa o tempo livre trancafiado em shoppings ou bares acabou e agora as ruas são nossas! Vem com a gente?

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